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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

DE QUEM É A CULPA?

Nós, brasileiros e portugueses, somos frutos da incompetência e inconsequência de antepassados que nos legaram uma herança maldita. Herança essa que não nos importamos em mantê-la e, pior, transmitir aos nossos descendentes. Até mesmo gostamos desse comodismo. Nos dá a sensação de “dever cumprido”, de andar pelos caminhos certos, sem darmos conta de que trilhamos uma via de mão única, que nos leva a um destino que não acalçamos nunca, à custa de muito sofrimento e desesperança.

Como nos lembra e ensina este trecho do livro de Marisa Moura, "O que é que os portugueses têm na cabeça" (Esfera dos Livros):

“A igreja Católica [também] deu cabo de nós — não estou a dizer nada que já não se diga há 200 anos. A igreja infantiliza-nos, desresponsabiliza-nos. Só a questão da confissão… há ali um interlocutor com Deus, que está acima de ti. Porque não meditar diretamente com Deus se acredito nele? O simples facto de os crentes acharem que há um “pai” que cria tudo e que já está tudo decidido… Se há alguém que decida por nós, porque é que havemos de fazer seja o que for? Aliás, a Igreja penaliza esse sentimento da ação; tu não és ninguém para desdizer Deus. E nós não tememos Deus, nós tememos perder [o amor de] Deus.”




Esta é uma boa reflexão de porque somos um povo triste, que estamos sempre a reclamar pelo que não fizeram por nós, ao invés de fazermos, nós mesmos.
Ouviremos: "Triste? Desde quando o brasileiro é triste?". Pois bem, a quem diz ou pensa assim, eu peço que dê uma passada de olhos nas intermináveis filas dos hospitais, nas escolas depredadas, nos professores ofendidos, nos inúmeros e incomensuráveis impostos que nos são cobrados sem o devido retorno esperado. Na violência que assola nosso país (Brasil). Nas vidas perdidas no trânsito. Nas vidas perdidas... que sobrevivem.
Costumo dizer que 'para quem não conhece o que é bom, o mais ou menos está ótimo'.
Só quem conhece o que é bom, ou está com a mente aberta, disposta a ouvir/ler verdades instrutivas, entenderá estas palavras.
Os que não possuem este atributo, apenas sobrevivem a margem das mudanças.






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