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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mais antigos fósseis da Terra são indicativos de que Marte e outros planetas também podem abrigar vida!

Cientistas encontraram os mais antigos fósseis da Terra na Austrália e afirmam que a descoberta microscópica é uma convincente evidência de que células e bactérias conseguiram se desenvolver em um mundo sem oxigênio há mais de 3,4 bilhões de anos.
O achado sugere que a vida primordial no planeta era baseada em enxofre - vivendo dele e metabolizando o elemento no lugar do oxigênio para obter energia-, o que apoia a ideia de que formas de vida similares podem existir em outros planetas onde os níveis de oxigênio são baixos ou inexistentes.
- Poderiam esses tipos de coisas existir em Marte? Isso é bem concebível. Esta evidência é encorajadora e a falta de oxigênio em Marte não é um problema - diz Martin Brasier, da Universidade de Oxford University e integrante da equipe que fez a descoberta.
Os microfósseis, que os pesquisadores dizem estar bem preservados, mostrando estruturas parecidas com células, foram encontrados em uma parte remota do Oeste da Austrália batizada Strelley Pool. Em estudo publicado neste domingo na "Nature Geoscience", a equipe de Brasier explica que os pequenos fósseis foram preservados entre cristais de quartzo nos grãos de areia da mais antiga área costeira conhecida na Terra, em algumas das mais antigas rochas sedimentares já encontradas.
- Podemos ter grande certeza sobre a idade delas, já que as rochas foram formadas entre dois eventos vulcânicos que permitiram determinar sua idade com uma margem de erro de algumas dezenas de milhões de anos - conta Brasier. - Isso é extremamente acurado quando as rochas têm 3,4 bilhões de idade.
Ao analisarem os fósseis, as rochas em que eles foram encontrados e o ambiente a sua volta, os cientistas puderam construir uma imagem da Terra naquela época, um planeta quente, enevoado e violento onde havia a constante ameaça de erupções vulcânicas e colisões de meteoros. O céu seria nebuloso e cinza, mantendo o calor mesmo diante do fato do Sol ser mais fraco do que hoje, e os oceanos teriam uma temperatura entre 40 e 50 graus Celsius, a mesma de um banho quente. Mais ainda, havia muito pouco oxigênio disponível, já que não existiam nem plantas nem algas para realizar a fotossíntese e produzi-lo, afirma Brasier.
- É uma imagem um tanto infernal - admite. - Não era um bom lugar para gente como nós. Mas para as bactérias era maravilhoso. De fato, se você fosse inventar um lugar onde quisesse que a vida emergisse, a Terra antiga seria exatamente certa.
Os pesquisadores agora estão usando técnicas e abordagens utilizadas neste estudo para re-examinar outros fósseis que cientistas sugeriram poder também conter evidências da vida primordial no planeta.

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