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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Como o Google vê o futuro...


Comecem a se preparar para uma nova geração serviços digitais ainda mais úteis e simples, que serão criados a partir do maior poder de armazenamento e de processamento, da banda larga e  da facilidade de acesso, principalmente diante dos avanços da mobilidade, que vêm potencializando o uso da internet. Em síntese, foi esse o recado da Google aos jornalistas latino-americanos, essa semana, durante a terceira edição do Google Press Summit.
Bernardo Hernández é diretor mundial de marketing de produtos da 
Google para o segmento consumo.
Ao contrário edições das anteriores, sempre coroadas por grandes anúncios _ em 2009 houve a apresentação antecipada do Google Wave _ esta deixou a desejar no quesito notícias. Um lançamento na área de buscas, previsto para sexta-feira, 16/04, foi adiado por algumas semanas. Talvez por conta da reação de Wall Street aos resultados do primeiro trimestre, anunciados na véspera…  O que os googlers negam, categoricamente. “Anúncios, aqui, são totalmente determinados pela área de engenharia. Não pelo marketing. Nem pelos acionistas”, me garantiu um deles, em off.
Mas felizmente, mantendo a tradição de eventos anteriores, o que faltou em notícias sobre lançamentos recentes (o Android no ano passado; e o Google Could Print este ano),  sobrou em revelações sobre tentências tecnológicas e sobre recursos que vamos poder usar nos próximos meses ou anos.
Confira.
Buscas
Ben Gomes, um dos oito Distinguished Engineers da Google (categoria com liberdade para fazer o que der na telha), foi o arauto das boas novas na área de buscas. Caberia a ele anunciar o tal lançamento, adiado, e sobre o qual não deu muitas pistas. Em compensação, não economizou em visões do futuro (clique nas imagens desta página para ter acesso aos vídeos).
As respostas para o que você procura, sega digitando, falando, ou 
mostrando uma imagem, serão cada vez mais personalizadas, garante Ben 
Gomes, um dos oito Distinguished Engineers da Google
Melhorar as buscas a partir de textos, voz e imagens, tornando todas as formas de busca muito simples e ágeis, é a meta da Google.
No curto prazo isso se traduz,  para as buscas a partir de texto, em novos recursos para o Google Suggest. Alguns deles já disponíveis a partir de hoje, apenas para os Estados Unidos, como a sugestão de palavras por região metropolitana, tornando-a bem mais local. Quem  busca por bart em São Francisco, por exemplo, pode não estar procurando por Bart Simpson, mas provavelmente  por Bay Area Rapid Transit. E também a correção ortográfica para nomes próprios. Já a correção ortográfica automática para palavras em geral está disponível desde hoje para mais 31 países, incluindo o Brasil. No caso de palavras usadas com grande frequência para buscas, direto da caixa de entrada. No caso das mais incomuns, como inconstitucionalissimamente, através da inscrição “Você quis dizer: inconstitucionalissimamente” como primeira opção dos resultados da busca.  São todos recursos que também facilitarão o uso do Google Suggest em celulares.
Os resultados em tempo real para as buscas de textos também estão sendo incrementados, dia após dia. Desde esta semana já é possível ver como as pessoas reagiram a um determinado tema no Twitter. Para experimentar esse recurso, vá para o site da ferramenta de busca em inglês, clique no link “Show Options” que aparece na na página de resultados de pesquisa e selecione a opção “Updates” no menu lateral. Você verá um novo gráfico no topo da página, será capaz de ajustar o intervalo de tempo dos tweets que gostaria de ver, a partir de de 11 de fevereiro de 2010 e, em breve, a partir do primeiro dia do serviço, em 21 de março de 2006.
No médio prazo, as buscas a partir de texto serão ainda mais sensíveis ao contexto. E as sugestões não serão apenas de termos de buscas com grafia devidamente corrigida, mas também de informações. A busca por uma cidade, por exemplo, poderá trazer ainda durante a digitação do nome da cidade na caixa de buscas a previsão do tempo, no dia, e o mapa da cidade.
Outras ideias para melhorar a experiência de pesquisa por texto, especialmente nos celulares, já estão em teste. É o caso das opções para uso de atalhos de teclado para selecionar o próximo resultado ou o resultado anterior, abrir um resultado selecionado, levar ou retirar o cursor para a na caixa de pesquisa, etc.
Já as possibilidades de buscas usando a voz estão apenas no início, segundo Ben. E combinadas com a possibilidade de geolocalização, através do endereço IP do aparelho, poderão gerar resultados rápidos, georreferenciados, para localização de restaurantes, pontos comerciais, bancos, pontos turísticos, etc. O mesmo acontecerá com buscas a partir da imagens, muito semelhante ao que  acontece hoje com aplicações de realidade aumentada, mas de forma bem mais simples. O primeiro passo nesse sentido já foi dado, com o Google Goggles, disponível hoje para celulares Android.
Assim como a busca por voz, o Google Square, para dados estruturados,  também está apenas no seu início. Pode mudar completamente nos próximos anos, segundo Ben.
“Queremos que o usuário tenha acesso a todas as informações e que elas sejam encontradas imediatamente, assim que estiverem disponíveis. E queremos que esse acesso seja da forma mais relevante”, afirma Ben.
Vídeo
O YouTube é outro dos serviços da Google que passará por mudanças para facilitar a produção de vídeos por parte dos usuários e sua visualização na tela das TVs. Para isso a empresa vem estreitando relações com fornecedores de hardware.
Produtores de câmeras digitais e fabricantes de aparelhos móveis como a Nokia e a Motorola, são algumas empresas que já trabalham com a equipe da Google no uso das APIs do Youtube para upload de vídeo. “A ideia é fazer algo semelhante com o que fizemos com o iPhone, com aplicativos embarcados não só para visualização como para upload direto do vídeo para o YouTube”, disse Francisco Varela, gerente de Parcerias Estratégicas para YouTube. No iPhone 3GS, esse envio direto para o Youtube já é possível.
Da mesma forma, o pessoal da Google vem trabalhando com os fabricantes de chips para conversores e televisores, para melhorar a experiência do usuário na visualização de conteúdos disponíveis no YouTube. “Flash requer um poder de processamento bem maior do que esses chips são capazes de fazer hoje. Por isso, precisamos otimizar o Youtube para rodar processadores atuais, enquanto eles trabalham em produtos mais poderosos”, explica Varela. Parte desta otimização pode ser vista deste o ano passado no portal youtube.com/XL, já disponível a partir de aparelhos da LG, Samsung, Sony, Philips e Panasonic, entre outras.
Publicidade nos vídeos vistos nos celulares é outra das metas para 2010. A Google espera que, com isso, um número maior de vídeo possa estar disponível a partir das plataformas móveis. Outra novidade prevista para este ano é o lançamento de uma nova versão, chamada Pluna, para países com conexão internet de baixa velocidade.

Fonte: Cases de Sucesso.com

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