Criação

Creation. Esse é o nome do filme do diretor Jon Amiel sobre uma parte tumultuada da vida do naturalista inglês Charles Darwin (1809 - 1882).

O filme tem sua estreia, no Brasil, neste mês de março.

Para aqueles que esperam ver um filme exclusivamente sobre as teorias de Darwin a respeito da evolução, pode até decepcionar-se.

Mas é impossível decepcionar-se com

o filme!

A história de Charles Darwin é contada de uma maneira diferente da habitual e mais conhecida.

O filme mostra um Darwin atormentado pelas suas duvidas, não quanto a evolução, que essas ele não tinha nenhuma, mas com sua vida particular: como marido, pai, amigo, cidadão.

Claro que a evolução é tema obrigatório no filme, mas não é o foco.

Os conflitos familiares e sociais gerados pelos seus pensamentos é mostrado de uma maneira muito clara, muito nítida.

Darwim é tomado pelo desespero de perder sua filha de 10 anos, sua preferida. A partir daí ele se torna recluso e começa a ter dúvidas se publica ou não suas teorias a respeito da evolução das espécies.

Sua saúde, física e mental, chega ao limite suportável, e por muito pouco a humanidade teria sido privada de um dos maiores e mais polêmicos assuntos da ciência: a evolução das espécies.

Tudo isso temperado com emoções fortes e singulares, como a história da orangotango fêmea, que morre separada de sua familia. Impossível não se emocionar.

Darwin praticamente "assassina" deus com sua teoria, ameaçando com isso, milhares e milhares de pessoas que se julgam, até então, seguros num "barco navegando em mar de azeite". Incluindo-se aí sua esposa, uma cristã devota.

Hoje, graças a teoria de Darwin, sabemos que navegamos num barco sem rumo e sem capitão. Mas real.

Enfim, eu já assisti e posso garantir à vocês: é um filme imperdível.

É a mágica do cinema usada para além de contar uma história familiar e controvérsia e o aparente dilema entre criação e evolução.

Trailer do Filme:

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