De facto, este pormenor tem servido vários fins ao longo da história, sendo que atualmente o propósito mais significativo seja armazenar os sedimentos que ao longo do tempo se criam no néctar, o chamado depósito.
No início, a forma foi propiciada pelo trabalho dos artesãos que trabalhavam o vidro num copo de sopro. Mais tarde, acreditava-se que ajudavam na integridade estrutural da garrafa, especialmente frágil por ser feita de vidro.
Grande parte destes fatores já não se verifica hoje, com as garrafas a serem produzidas por máquinas automáticas, ao mesmo tempo que o vidro é muito mais forte do que antigamente, lembra o site IFL Science.
Como tal, os especialistas atribuem o facto de o fundo curvo ter permanecido à utilidade no sentido de recolher os sedimentos, evitando que estes acabem no copo quando o vinho é vertido.
Tal questão nunca foi testada num estudo científico, pelo que é difícil apontar uma justificação precisa. De destacar que as tradições são sempre muito respeitadas na cultura vitivinícola, pelo que manter o fundo côncavo pode ser também uma forma de homenagear os antepassados.
Já no campo da utilidade, esta característica das garrafas de vinho também é muito elogiada pelos funcionários dos bares e restaurantes, que destacam a capacidade de ali descansarem o polegar.
Há ainda quem veja neste bocado de morfologia da garrafa uma forma de avaliar a qualidade do seu conteúdo. Em oposição, uma garrafa que tenha um fundo raso é vista, por alguns, como armazenando um vinho fraco.
Fonte: Zap Notícias
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