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quarta-feira, 5 de abril de 2017

UBER, TAXI OU NENHUM DELES?


A palavra que talvez melhor defina o momento atual é -  mudança. As tecnologias foram as catalizadoras dos acontecimentos recentes pelo potencial de conectividade que se desenvolveu em nível global, abrindo possibilidades para novos modelos de negócios e novas profissões. Ou mesmo fechando este espaço à antigos ofícios.
Você já parou para pensar na revolução que foi quando da invenção do lápis? Sim, o lápis foi – à sua época, uma das maiores invenções da humanidade. Um simples lápis...
Enquanto se discute, no Brasil e em outros países, a legalização, a existência ou não do UBER, os japoneses e os norte-americanos estão discutindo (e testando!) o carro sem motorista.



Penso que, mais do que discutirmos a inevitável mudança, ao invés de nos fecharmos para novas tecnologias, temos que discutir o futuro, para que possamos melhorar o presente. UBER, Taxi, ônibus, trem.... todos esses meios de locomoção estão em processos de transformação. O mundo está em processo de transformação, não podemos nos deixar alheios a essa marcha. Somos seres pensantes, sempre em transformação, numa eterna metamorfose.
Quem, nos últimos séculos, deixou de se aliar às novas tecnologias, ficou ou ficará esquecido no tempo.



Lembremos da Kodak, que relutou contra as tecnologias digitais. Hoje, a mais tradicional empresa do setor, a Olivetti, produz e vende apenas 3 mil; e somente para alguns poucos saudosistas.
Os livros nos lembram da estória de William Lee, o inventor de um tipo de máquina de tricô (stocking frame knitting machine) em 1589, na esperança de que ela iria aliviar o cotidiano dos trabalhadores artesanais. Viajou para Londres em busca de proteção para sua patente e mostrou sua invenção para a rainha Elizabeth I. Ao contrário do que ele esperava, a rainha estava mais preocupada com o impacto sobre o emprego dos artesãos e se recusou a lhe dar a patente, alegando que a invenção os levariam à ruína, privando-os de emprego e os transformando em mendigos: “Considere o que a tua invenção poderia fazer para os meus pobres sujeitos” (tradução livre). De acordo com os pesquisadores, provavelmente a rainha se preocupou com a manifestação em potencial dos sindicatos dos artesãos da época (housier’s guild). As reações de oposição foram tão intensas que William Lee precisou deixar a Grã-Bretanha, indo para a França, aonde pode comercializar o seu invento. William Lee morreu na França, pobre e sem qualquer reconhecimento pela criação que revolucionou a indústria têxtil da Inglaterra e deu origem à criação de várias outras máquinas semelhantes, para a produção de outros tipos de malha.
O que podemos extrair de ensinamento desses exemplos é que não se pode virar as costas às novas tecnologias e as mudanças. O mundo muda constantemente, as pessoas mudam, até mesmo o Universo muda. Chama-se a isto de evolução. Mesmo que evolução não signifique obrigatoriamente melhoria. Evoluir não é necessariamente melhorar. Somente o tempo poderá nos mostrar se o UBER, os Taxis ou mesmo os carros sem motorista serão melhores ou até mesmo viáveis num novo mundo que está para vir. E está para vir logo aí, quando você menos esperar.
Se cuida UBER.






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