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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Vários de mim

“Eu sou vários! Há multidões em mim. Na mesa de minha alma sentam-se muitos, e eu sou todos eles. Há um velho, uma criança, um sábio, um tolo. Você nunca saberá com quem está sentado ou quanto tempo permanecerá com cada um de mim. Mas prometo que, se nos sentarmos à mesa, nesse ritual sagrado eu lhe entregarei ao menos um dos tantos que sou, e correrei os riscos de estarmos juntos no mesmo plano. Desde logo, evite ilusões: também tenho um lado mau, ruim, que tento manter preso e que quando se solta me envergonha. Não sou santo, nem exemplo, infelizmente. Entre tantos, um dia me descubro, um dia serei eu mesmo, definitivamente. Como já foi dito: ouse conquistar a ti mesmo.”. - Nietzsche


 “Eu não me conhecia, não possuía nenhuma realidade minha, própria, e vivia num estado como de fusão contínua, quase fluido, maleável. Os outros me conheciam, cada um a seu modo, segundo a realidade que me haviam dado; isto é, cada um via em mim um que não era eu - não sendo eu, propriamente ninguém para mim -, tantos quantos eles eram, e todos mais reais do que eu, que não tinha para mim mesmo, repito, nenhuma realidade.". - Trecho do livro Um, Nenhum, Cem Mil; de Luigi Pirandello.

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