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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Por quê o frango atravessou a rua?

Você, que sempre se perguntou "por quê o frango atravessou a rua", taí a resposta. Ou não.


Afinal, por quê o frango atravessou a rua?

Platão: Porque buscava alcançar o Bem.

Aristóteles: é da natureza dos frangos cruzar a estrada.

Freud: na verdade, a estrada representa a relação com seu progenitor, e o frango não é bem um frango...  o fato de o frango ter cruzado a rua é um sintoma de insegurança sexual.

Maquiavel: a quem importa o porquê? Estabelecido o fim de cruzar a estrada, é irrelevante discutir os meios que utilizou para isso.

Marx: o atual estágio das forças produtivas exigia uma nova classe social de frangos, capazes de cruzar a estrada.

Einstein: se o frango cruzou a estrada ou a estrada se moveu sob o frango, depende do ponto de vista. Tudo é relativo.

Sócrates: tudo que sei é que não sei.

Parmênides: o frango não atravessou a estrada porque não podia mover-se. O movimento não existe.

Darwin: ao longo de grandes períodos de tempo, os frangos têm sido selecionados naturalmente, de modo que, agora, têm uma predisposição genética a cruzar estradas.

Blaise Pascal: quem sabe? O coração do frango tem razões que a própria razão desconhece.

Sartre: trata-se de mera fatalidade. A existência do frango está em sua liberdade de cruzar a estrada.

Nietzsche: ele deseja superar a sua condição de frango, para tornar-se um superfrango.

Richard Dawkins: na verdade são os genes para atravessar a rua que estão de fato atravessando a rua. O frango é apenas uma forma que os genes encontraram para realizar essa tarefa.

Clarice Lispector: a essência do frango está nas suas patas. As patas têm o frango. Quem vê as patas, vê o frango. A essência das patas é o correr, o correr abstrato. A estrada é a essência do correr. Quem vê o correr, vê a estrada.

Hipócrates: devido a um excesso de humores em seu pâncreas.

Kant: o frango seguiu apenas o imperativo categórico próprio dos frangos. É uma questão de razão prática.

Estóicos: o frango atravessou a estrada porque esse é um acontecimento necessário. É o destino. Já estava previsto pela ordem universal do cosmos.

Epicuristas: é prazeroso ao frango atravessar estradas. O que você acha, amigo?

Filósofos da escola de Frankfurt: é uma questão medíocre imposta pelos mentores de uma arte de massas que transformou a imagem de um frango em mais um produto da indústria cultural.

Filósofos medievais: para responder a tal questão, devemos primeiro deliberar se a expressão “frango” é puro termo esvaziado de sentido ou se a palavra que expressa a ideia genérica e universal de frango, ou ainda se se trata de um frango concreto em particular.

Martin Luther King: Eu tive um sonho. Vi um mundo no qual todos os frangos serão livres para cruzar a estrada sem que sejam questionados seus motivos.

Schopenhauer: no ato de atravessar, está fugindo de si mesmo numa tentativa de aliviar o tédio e sofrimento que é estar vivo neste mundo sem sentido.

Newton: 1) Frangos em repouso tendem a ficar em repouso; frangos em movimento tendem a cruzar a estrada. 2) por causa da atração gravitacional exercida pelos outros frangos que já estavam do outro lado da estrada.

Feministas: Para humilhar a galinha, num gesto exibicionista, tipicamente machista, tentando, além disso, convencê-la de que, enquanto galinha, jamais terá habilidade suficiente para cruzar a estrada.

Nelson Rodrigues: Porque viu sua cunhada, uma galinha sedutora, do outro lado.

Moisés: Uma voz vinda do céu bradou ao frango: "Cruza a estrada!" E o frango cruzou a estrada e todos se regozijaram.

FHC: Por que ele atravessou a estrada, não vem ao caso. O importante é que, com o Plano Real, o povo está comendo mais frango.

ACM — Estava tentando fugir, mas já tenho um dossiê  pronto, comprovando que aquele frango pertence a Jorge Amado. Quem o pegar vai ter que se ver comigo!

George Orwell: Para fugir da ditadura dos porcos.

Che Guevara: Hay que cruzar la carretera, pero sin jamás perder la ternura...

Caetano Veloso: O frango é amaro, é lindo, uma coisa assim amara. Ele atravessou, atravessa e atravessará a estrada porque Narciso, filho de anô, quisera comê-lo... ou não!

Luciana Gimenez: Porque queria se juntar aos outros mamíferos.

Maconheiro: olha isso cara… que viagem…

Surfista: O bicho atravessou, cara... Bicho manêro, aí. Demaaaaais... Issah...

Dorival Caymmi — Eu acho (pausa)... — Amália, vai lá ver pra onde vai esse frango pra mim, minha filha, que o moço aqui tá querendo saber.

Ambientalista: Era um frango transgênico, não era? 

Fazendeiro: por causa de que arguém deixou a porta do galinheiro aberta.

Agnósticos: é impossível saber se o frango realmente atravessou a estrada. A incerteza há de pairar eternamente sobre esta questão.

Céticos: dizem que ele atravessou, mas será que atravessou mesmo? Precisamos investigar tal questão detidamente antes de fazer qualquer declaração a respeito.

Ateus: o frango não atravessou a estrada porque ele não existe. Isso é uma crendice estúpida.

Deterministas: o frango não teve escolha. Aliás, nunca terá escolha, o livre-arbítrio não existe.

Cristãos: isso é um mistério que somente deus pode responder.

Espíritas: o frango cruzou a estrada porque incorporou um espírito aventureiro.

Evangélicos: porque Jesus o ama.

Pastores da Igreja Universal: por 10% eu te conto.

Shintoista: Porque assim tem sido feito desde tempos imemoriais!

Sabedoria popular: porque o lado de lá é sempre melhor.

Professora primária: porque queria chegar do outro lado da rua.

Criança: porque sim.


*Desconheço a origem desta anedota.

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