O brasileiro médio jamais para para refletir a questão "por
que negros foram escravizados no intervalo de tempo entre os séculos XV e
XIX?" e a lacuna deixada pela inexistência dessa reflexão é ocupada na
mente dessas pessoas por uma gosma disforme de significados extraídos de
discursos que não fazem absolutamente nenhum sentido, mas são criados apenas
para colocar seus receptores em um estado emocional específico. Esse simulacro
de raciocínio é construído pela mídia impressa, pelas novelas da rede Globo, pelas
instituições ditas "de ensino", todas elas instâncias dominadas por
esquerdistas (aqui cabe lembrar que a mente é como um pedaço de terra fértil,
se não for jardinado todos os dias, se seu dono não fizer valer todos os dias
seu direito de escolha do que pode e do que não pode crescer em seu pedaço de
terra, rapidamente toda a extensão do mesmo será ocupada por erva daninha).
O pathos geral
aceito pela sociedade é que pessoas oriundas do continente africano foram
escravizadas no Brasil porque tinham a pele escura. O que é, obviamente, um
disparate completo. É muito fácil desmontar essa mendacidade, basta se reportar
à História anterior ao século XV. Durante milênios de registros históricos há
várias ocorrências de nações inteiras que foram escravizadas e A GRANDE MAIORIA
DELAS ERA COMPOSTA POR PESSOAS DE PELE BRANCA. Judeus brancos foram
escravizados por egípcios, "ucranianos bárbaros” foram escravizados por
romanos, gregos e persas escravizaram vários povos e todos eles eram compostos
de indivíduos de pele BRANCA. A própria História da humanidade é a História de
grupos humanos lutando para dominar ou se libertar do domínio de outros grupos.
A ditadura do politicamente correto, ao repetir o mantra
"os negros foram vítimas da escravidão", sem deixar claro, por
exemplo, que a maioria dos negros que foram tornados escravos foi escravizada
por OUTROS NEGROS, trabalha para estabelecer um consenso social no qual a
consequência lógica de que, SE "os negros" foram "vítimas",
ENTÃO "os brancos" foram os "algozes". Ninguém nunca vai
ouvir o movimento negro ou a mídia dizer "ALGUNS negros foram vítimas da
escravidão, mas OUTROS TANTOS lucraram com ela". Muito menos "se
houve negros que foram escravizados, quão maiores não foi o número de brancos
que foram IGUALMENTE escravizados". A ideia é repetir o enunciado "os
negros foram vítimas da escravidão" até que as mentes se aprisionem em uma
realidade paralela na qual "negros são vítimas dos brancos, porque o fato
de alguém ter a pele negra o torna, automaticamente, inocente e bom, ao passo
que possuir a pele branca é motivo para tornar alguém pervertido e mal".
Esse tipo de "raciocínio", além de ser pernicioso
em si mesmo, principalmente por se basear em falseamentos da realidade, induz a
outros erros de raciocínio, ao tomar como pressuposto uma mentalidade
COLETIVISTA. Para ficar mais claro o que estou afirmando nesse ponto, usarei um
dos comentários que foram feitos ao lado da imagem publicada na página para
abordar a questão da escravidão. Um cidadão, cuja massa encefálica foi
visivelmente liquefeita pelo sócio construtivismo, se utilizando de ironia
barata, escreveu: "Tão bonzinho o homem branco". Percebam que tal
comentário é exatamente a materialização de todos os processos que foram
descritos até aqui. Uma colocação desse tipo, obviamente, não faz nenhum
sentido (nem mesmo o sentido que seu autor imagina estar emitindo), uma vez que
o coletivo "homem branco" não pode ser nem "bonzinho" nem
"malzinho", exatamente porque é composto de uma infinidade de
INDIVÍDUOS, entre os quais alguns são bons e outros são maus.
De uma forma ou de outra, não há nenhuma relação de
continuidade entre a fibra moral de um individuo e a cor de sua pele. Essa
relação é apenas uma mera falácia espertamente construída por intelectuais
orgânicos, para fazer a massa ignorante aceitar a agenda esquerdista. Além
disso, antes que alguém se permita fazer um julgamento moral tão infeliz, é
preciso compreender que a ideia de "humanidade", como a instância
superior que abarca TODOS os grupos humanos é relativamente recente. Ideias
como a de que um ser humano possui determinados direitos apenas por ser um ser
humano é mais recente ainda. Se nos livrarmos da mentalidade moderna e olharmos
para a História entendendo as vicissitudes que assombravam os homens de épocas
anteriores, poderemos compreender que, em um mundo primitivo, sem as instâncias
sociais das quais gozamos hoje (e sem o desenvolvimentismo da política
internacionalista moderna), o ato de escravizar chegava a ser uma necessidade
de sobrevivência de cada grupo. Uma vez que se o grupo não fosse capaz de impor
sua estrutura de poder ao grupo com que ele se relacionava, com certeza
sofreria a imposição da estrutura de poder dele.
Nesse contexto, ao longo do primeiro milênio de nossa época,
o cristianismo estabeleceu uma espécie de "cimento cultural" que, de
certa forma, pacificou a Europa. Como todos os grupos oriundos do continente
europeu partilhavam o lastro de sua própria cultura (a religião cristã), a
compreensão que esses grupos tinham por "nós" se expandiu para
comportar os grupos imediatamente próximos a eles. Não que as guerras tivessem
cessado de uma hora para outra, mas a criação de determinadas estruturas
sociais fizeram com que não mais fizesse sentido que um cidadão de uma cultura
cristã escravizasse o cidadão de outra cultura igualmente cristã. Dito de outra
fora, em dado momento, o entendimento que os povos europeus tinha da ideia de
"nós" que antes significava "nós que pertencemos a uma tribo de
1.000 indivíduos" se expandiu até alcançar o tamanho de "nós que
somos europeus cristãos". Os habitantes do resto do mundo ainda eram os
"eles", ainda não era reconhecidos pela cultura dominante como
"semelhantes em humanidade".
Assim, desde o fim do Império Romano que a prática da
escravidão havia entrado gradualmente em desuso na Europa. Mas ao alcançar a
África subsaariana os europeus encontraram um continente no qual o cristianismo
não havia penetrado, ou seja, no qual as tribos guerreavam entre si e se
escravizavam umas às outras. No que diz respeito ao que hoje nós chamamos de
"Direitos Humanos", a África estava culturalmente atrasada milênios
em relação à Europa. Como a concepção de "nós" do europeu não
abarcava os povos não-cristãos e como esses povos se escravizavam uns aos
outros, então pareceu perfeitamente cabível à maioria dos europeus que eles
poderiam lançar mão da instância "escravidão humana" (que, de uma
forma ou de outra, já estava sendo praticada no continente africano) para
servir a seus próprios interesses.
A compreensão dos processos acima descritos faz cair por
terra a outra coluna de sustentação da mentalidade mantida pelo brasileiro
médio sobre a questão da "negritude, escravidão e racismo", que é a
ideia de que o povos africanos foram escravizados porque possuíam a pele negra.
NÃO HÁ NENHUMA relação de continuidade entre o fato desses povos terem a pele
negra como fato deles terem sido escravizados pelos povos de pele branca. É
trivial e fortuita a condição de que povos de diferentes continentes tenham
cores de pele diferentes. Os motivos que levaram os europeus a escravizarem os
africanos foram:
01) O estado de desenvolvimento da mentalidade dos povos
europeus, na época, não os fazia reconhecer povos não cristãos como
"nós" (e não há nenhum problema nisso, uma vez que se observarmos
globalmente, podemos perceber que todos os outros grupos humanos tinham seu
próprio conceito de "nós" e todos eles eram ainda mais restritos do
que o conceito alcançado pelo europeu do século XV).
02) Os povos asiáticos eram culturalmente e tecnologicamente
tão desenvolvidos quanto os europeus, o que obrigou os europeus a respeitá-los
em um grau que a primitividade tecnológica
dos africanos e americanos não permitiu. Sobretudo no que diz respeito aos
africanos (com a exceção do norte da África, que tinha sido aculturada pelos
muçulmanos) todas as línguas ao redor das quais seus grupos humanos se
organizavam eram ÁGRAFAS, ou seja, eram línguas sem escrita. A escrita é a
condição necessária para que haja desenvolvimento tecnológico. É a escrita que
permite que haja acumulo de conhecimento pelo processo do legado
civilizacional. Embora houvesse na África subsaariana impérios capazes de gerar
até mesmo concentrações populacionais relativamente volumosas ("cidades
grandes" — como é o caso, por exemplo, do Mali e do Dahomé), a cultura
desses impérios era primitiva, eles não possuíam literatura, nem filosofia, e
tecnologia menos ainda. Eram impérios erguidos em cima de culturas tribais que
vivam no "tempo circular da oralidade". O europeu, de forma
completamente compreensível, via o homem proveniente de tais culturas como
inferior. Portanto, porque não se aproveitar do trabalho mecânico deles, da
mesma forma como se aproveitavam da força mecânica do gado que gira o moinho?
(lembre-se que as travas que nos impedem de fazer isso hoje simplesmente não
existiam na mente dos europeus, portanto não se trata de uma discussão moral, já
que os parâmetros morais com os quais atualmente julgamos a instância
"escravidão" ainda não tinham sido desenvolvidos).
Há casos de um ou outro japonês que, na época, tenha sido
trazido, por europeus, para a América, como escravos, mas o próprio grau o desenvolvimento
cultural e tecnológico desses povos impedia que o número de indivíduos
escravizados oriundos dessas culturas fosse comparável ao número de africanos.
Portanto, se os africanos foram escravizados, tal processo não foi induzido
pela cor de sua pele. Se os africanos foram escravizados em massa por europeus
o motivo pelo qual isso aconteceu foi o mesmo motivo que provocou a escravidão
de TODOS os povos que foram escravizados na História da humanidade: o povo
escravizado era culturalmente, tecnologicamente e/ou militarmente INFERIOR ao
povo escravizador.
O que é e como surge o racismo
Feitos os esclarecimentos acima, finalmente podemos ter mais
clareza sobre uma questão que é uma das mais deturpadas pela burrice que reina
absoluta nas caixas cranianas dos brasileiros, o chamado "racismo".
Segundo a versão vendida a granel nas novelas da Rede Globo o racismo é uma
espécie de deformidade moral causada pela maldade subjacente ao ser humano de
pele branca e da qual as únicas vítimas são os seres humanos de pele negra, os
quais possuem uma bondade inerente que lhes impossibilita de praticar qualquer
tipo de discriminação baseada na cor da pele, mas apenas estão sujeitos a
sofrer esse tipo de discriminação. Afora o caráter maniqueísta dessa falácia,
trata-se de um raciocínio fruto de confusão e que causa mais confusão ainda.
Para ser capazes de desatar tal nó, precisamos antes entender o que é
"discriminação" e o que é "preconceito".
01) Discriminação é a ação de diferenciar. A discriminação
nasce da capacidade que o ser humano tem de fazer ESCOLHAS. Uma pessoa que, na
hora do almoço, opte por não se servir de churrasco, mas coloque no prato um
pedaço de tofú praticou a
DISCRIMINAÇÃO contra o churrasco. Discriminar não é uma atitude imoral, pelo
contrário, é uma atitude inerente ao ser humano. Durante o curso de nossas
vidas, estamos constantemente discriminando, inclusive pessoas. Afinal, é
humanamente impossível nos relacionar com TODAS as pessoas do planeta, então
nós escolhemos algumas pessoas com as quais nos relacionaremos (as que ficaram
de fora dessa escolha foram discriminadas) e mesmo dentro desse grupo, nossa
atenção é repartida de forma desigual. Algumas pessoas pelas quais guardamos
maior predileção recebem mais atenção e outras menos, na proporção direta dos
nossos valores, daquilo que consideramos importante ou daquilo que nos agrada
(isso também é discriminar). A palavra discriminação foi tão martelada pela
mídia nos últimos anos que ganhou uma conotação pejorativa, mas conforme pode
compreender quem entendeu a explicação acima não há nada de errado em
discriminar.
02) Preconceito é o conceito que temos sobre determinado
objeto, fato ou situação de forma prévia ao momento em que experimentamos esse
objeto, fato ou situação. Todos nós temos preconceitos e, sem eles, a vida
seria simplesmente impossível. Alguém que nunca tenha experimentado comer peixe
cru pode ter uma reação de ojeriza ao mero pensamento de fazê-lo, sem nem mesmo
ser capaz de imaginar o gosto que tem a iguaria e, portanto, sem de fato saber
se esse gosto agrada ou não ao seu paladar. Essa é uma reação de preconceito.
Cada ser humano tem seu próprio limite em relação a experimentar o novo e esse
limite tende a ser mais restrito à medida que envelhecemos. Aquilo que não
experimentamos enquanto novos vai se tornando cada vez mais difícil que
experimentemos enquanto vamos avançando nos anos. Os preconceitos são gerados a
partir de experiências que nossa estrutura psicológica consideram
"semelhantes" à experiência sobre a qual estabelecemos um conceito
prévio ou por determinadas ideias com as quais entramos em contato e que as
acatamos como justas, pertinentes ou verdadeiras. Sobre o preconceito gerado
por experiência semelhante, podemos dar o exemplo da situação em que um
indivíduo não queira viajar para o Mato Grosso. Em dado momento da vida dele,
ele esteve em uma cidade desse estado, foi destratado e ele acredita que a
situação vai se repetir se ele retornar lá. Assim, com base em uma experiência
passada, ele diz "mato-grossenses são mal-educados". Percebam que a
experiência humana não é capaz de reagir de forma independente a cada uma dos
elementos do conjunto "mato-grossenses", até porque nenhum ser humano
é capaz de conferir por si só o grau de educação de cada mato-grossense que existe.
Assim, resta se reportar à experiência passada e extrair dela o pathos geral que será atribuído às
possíveis ocorrências futuras da mesma experiência. Da mesma forma que a
palavra "discriminar" a palavra "preconceito" sofreu todo
tipo de deturpação semiótica, não há nada de errado com aquilo à qual ela se
refere e, na verdade, a vida seria inviabilizada se só pudéssemos formular
conceitos à posteriori.
Os mecanismos envolvidos na ação de discriminar e os
"conceitos prévios" (pré-conceitos) são a base do chamado
"racismo". Racismo é a ação de discriminar alguém com base no
critério de raça. Embora a lei escrita afirme que o racismo é proibido, de fato
o que é proibido é a "comunicação do racismo". É simplesmente
IMPOSSÍVEL impedir que as pessoas se baseiem no critério de raça para
estabelecer suas escolhas pessoais, porque não somos capazes de saber em qual
critério alguém se baseou para estabelecer uma repulsa a um objeto, fato,
circunstância ou outra pessoa. Alguém pode considerar que pessoas negras são
feias e passar a vida toda sem namorar com nenhum negro (o PT ainda não criou
uma lei que obrigue que cada brasileiro destine uma percentagem do número de
relacionamentos que ele teve na vida para ser preenchida por relacionamentos
com pessoas negras, embora eu não devesse estar apontando essa lacuna aqui,
para não dar a ideia). Alguém que não se sinta atraído por pessoas de uma
determinada cor da pele e, por conta disso, não estabeleça enlaces amorosos com
pessoas desse tipo está, de fato, praticando o racismo, mas é um tipo de
prática de racismo que (sem a lei imaginada acima) simplesmente não pode ser
punido. Contudo, se essa pessoa confessasse esse "movimento interno de sua
alma" (que considera que pessoas de determinada cor de pele não são atraentes)
em um texto impresso em um jornal de grande circulação, com certeza receberia
algum tipo de punição do Estado. Da mesma forma, um gerente de R.H. poderia
tranquilamente não contratar alguém com base na própria aversão por pessoas
negras, desde que esse motivo não fosse comunicado e ficasse restrito ao seu
mundo interno, ou compartilhado apenas com pessoas de sua confiança. Se esse
gerente de R.H., no entanto, for responsável por uma equipe maior do que 10
pessoas, e não tiver nenhum negro na equipe, nesse caso correria o risco de ser
acusado por algum movimento negro de "discriminação", pois o
movimento alegaria que o fato da composição étnica da equipe de trabalho não
refletir a proporção da composição étnica da população brasileira não é fruto
do acaso, mas sim fruto do racismo de quem realiza o processo de seleção.
Aqui, entramos no cerne da questão do racismo: por que
alguém haveria de não gostar de negros? De onde nasceria a "concepção
prévia" (preconceito), existente na cabeça de um gerente de R.H., que o
levasse a acreditar que uma pessoa negra não possua habilidades tão bem
desenvolvidas quanto uma pessoa branca? Esse preconceito tem origem no mesmo
ponto que origina TODOS os preconceitos que existem no mundo: as experiências
anteriores, mas no caso do preconceito contra negros há alguns pormenores.
Vamos esclarecê-los:
Em todos os lugares do mundo há preconceito contra
imigrantes. Em geral, os grupos que já estavam em determinada localidade tendem
a torcer o nariz para os grupos que chegam depois. Isso acontece porque uma
pessoa não deixa a localidade na qual estão suas raízes, a não ser que esteja
passando por dificuldades. A título de ilustração, vamos estudar o preconceito
de sulistas contra nordestinos. A parcela da população nordestina que deixa o
nordeste e migra para o sul é, por definição, aquela que está fragilizada, em
situação de miséria. A elite da sociedade do nordeste está bem instalada e
protegida, raramente deixará seu local de origem para morar no sul.
Assim, toda vez que um sulista vê um imigrante nordestino,
ele vê alguém que, necessariamente, pertence ao grupo dos menos instruídos,
menos cultos, menos educados dos nordestinos. A repetição dessa experiência
leva a mente dos sulistas (aqueles que sejam tacanhos o suficiente para
desconhecer a vasta colaboração que muitos nordestinos deram para a cultura do
país) a associar o próprio sotaque do nordeste à falta de cultura, de instrução
e de escolaridade (esses sulistas, ignorantes a seu próprio modo, simplesmente
desconhecem que há milhares de pessoas no nordeste que falam com o sotaque
típico da região E concordam o número do artigo com o plural do substantivo).
Esse é, em linhas gerais, o processo de onde nasce o preconceito contra
imigrantes. Dependendo da situação inicial, esse tipo de preconceito pode
sobreviver por décadas ou até mesmo séculos dentro de uma cultura. E é um
processo tão poderoso que não respeita a condição econômica. Para ilustrar
isso, podemos citar o preconceito que a família Kennedy, apesar de riquíssima,
sofria dentro da sociedade americana, por conta de sua origem irlandesa. Como havia
(embora tenha enfraquecido, ainda há) um forte preconceito na sociedade
americana (em sua maioria protestante) contra os irlandeses (católicos), mesmo
detendo o poder econômico, os integrantes da família Kennedy não conseguiam
adentrar determinados grupos sociais. (Espero que o leitor já tenha se dado
conta de que todos os sofrimentos vendidos pelo mimimi do movimento negro como fruto da perseguição de brancos
contra negros, na verdade, acometem muito democraticamente a diversos grupos
humanos e não respeita nem cor de pele, nem situação econômica).
Obra do pintor orientalista austríaco,
Ludwig Deutsch (1855 - 1935),
retratando um soldado de um dos
reinos da África
moura.
|
No caso dos negros, eles não vieram para o Brasil em busca
de uma vida melhor, mas foram obrigados por instâncias de poder superior. O
mero fato de, na qualidade de imigrantes (forçados, que seja), não dominarem a
língua local e outros aspectos culturais, é suficiente para gerar um processo
de discriminação e preconceito nos moldes do que foi explicado acima. Mas havia
o agravante de que a grande maioria dos negros que aqui aportavam eram oriundos
(conforme já foi dito) de sociedades que, de fato, eram culturalmente e
tecnologicamente muito inferiores à sociedade brasileira. Aqui cabe um parêntese
para abordar o preconceito que havia entre os próprios negros. Como o norte da
África foi invadido pelos muçulmanos, as sociedades dessa localidade receberam
uma injeção muito grande de cultura e tecnologia proveniente do legado
civilizacional mouro. Muitos negros oriundos do norte da África detinham
conhecimentos como, por exemplo, matemática, de agrimensura, técnicas avançadas
de plantio etc. Além disso, tinham uma facilidade maior para aprender o
português. Esses eram chamados de "negros malês" e costumavam custar
mais de cinco vezes o preço de um escravo "normal". Como custavam
muito caro, eram tratados à pão-de-ló.
Não dormiam na senzala, mas sim na casa grande e, de uma maneira geral (até
porque aprendiam português mais rápido do que os outros negros) tinham mais
proximidade com a família do dono das terras (tomando as fazendas como unidades
de produção, os negros malês ocupavam cargos que hoje seriam chamados de
"gerentes"). Esses negros, cientes de sua superioridade cultural em
relação aos negros ignorantes (a grande maioria saídos do subsolo das pirâmides
sociais das tribos e reinos da África), costumavam praticar a discriminação
contra os outros negros (isso mostra o quanto a prática da discriminação, é
natural do ser humano e não depende necessariamente de cor de pele). Ao mesmo
tempo, era muito comum que os integrantes do topo das pirâmides sociais de
certos reinos africanos viessem para o Brasil para estudar. Eram nobres e reis
africanos que aqui eram tratados com toda reverência pela população local
branca, a qual lhes atribuía o prestígio compatível com a posição social que
eles ocupavam em sua terra natal.
No entanto, o grau de alienação imposto pela repetição dos
mantras do politicamente correto é tão grande, que as pessoas passam a se
basear em situações que não existem em nenhum lugar fora da cabeça delas para
fazer inferências sobre a realidade atual. Por exemplo, certa feita eu estava
em uma palestra sobre "negritude", cujo palestrantes era desses
negros militontos (que usam camisa
com motivos gráficos de uma cultura africana idealizada por brancos) e, com
muita ênfase e dispêndio de energia, ele bradava que a opção do Ministério da
Educação de cobrar as línguas inglesa e espanhola como segunda língua do
vestibular era fruto de um plano maquiavélico da elite branca para prejudicar
os negros. Ele dizia ainda que os negros deveriam lutar para que tivessem a
opção de serem cobrados, no lugar do inglês e espanhol, conhecimentos de iorubá
(esse é o nome de um dos mais importantes dialetos que eram falados na África
subsaariana quando do período da escravidão). Afora o evidente devaneio de que
hoje há uma quantidade significativa de negros brasileiros capazes de se
expressar em iorubá (situação que só existe na cabeça dele), eu tive que
interromper a palestra para pedir que ele citasse somente UM ÚNICO livro de
importância para a cultura mundial que tivesse sido escrito em iorubá, e do
qual os negros seriam privados se não conhecessem tal idioma (dialeto). Diante
da pergunta, o militonto gaguejou, balbuciou, fez cara de paisagem e mudou de
assunto. Claro, nenhum livro (nem importante, nem desimportante) jamais foi
escrito em iorubá, pelo simples motivo de que o iorubá é uma língua ÁGRAFA.
Esse episódio é muito ilustrativo do grau de devaneio da militância do
movimento negro que coloca sua ideologia negrista
acima da própria realidade factual.
Para finalizar, acredito que o que foi dito até aqui é
suficiente pelo menos para começar a quebrar o gelo da mentalidade idiotizada
construída pela desinformação e pelos agentes da agenda politicamente correta.
Como se vê, a realidade é um milhão de vezes mais complexa do que a
simplificação repetida ad nauseam
pelo movimento negro e outros braços da esquerda, com o objetivo de colocar o
povão ignorante em um transe hipnótico o qual eles possam explorar para
alcançar poder político. Quando se entende como funciona o mecanismo que gera o
racismo fica fácil notar que a ÚNICA atitude que se pode ter para que ele
diminua é IGNORÁ-LO. Pessoas inteligentes, independente de cor da pele,
percebem isso muito rápido. Acontece que a proposta de ignorar o racismo não
pode ser aproveitada para gerar dividendos políticos. Assim, devemos nos
preparar e manter sempre à mão uma cartela de Engove para tomarmos quando surgir
à nossa frente um militante da ideologia negrista,
defendendo agora não mais as cotas para negros, mas a reparação de uma dívida
histórica inexistente através do lecionamento obrigatório na rede de ensino
nacional do dialeto irorubá.
Texto extraído do Blog Meu professor de História mentiu pra mim
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