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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A DIFERENÇA ENTRE SABEDORIA E ERUDIÇÃO

Um homem, que tinha 17 camelos e 3 filhos, morreu.
Quando o testamento foi aberto, dizia que metade dos camelos ficaria para o filho mais velho, um terço para o segundo e um nono para o terceiro. O que fazer? Eram dezessete camelos; como dar metade ao mais velho?
Um dos animais deveria ser cortado ao meio?
Tal não iria resolver, porque um terço deveria ser dado ao segundo filho. E a nona parte ao terceiro.
É claro que os filhos correram em busca do homem mais erudito da cidade, o estudioso, o matemático. Ele raciocinou muito e não conseguiu encontrar a solução, já que a mesma é matemática.
Então alguém sugeriu: "É melhor procurarem alguém que saiba de camelos, não de matemática". Procuraram assim o Sheik, homem bastante idoso e inculto, mas com muito saber de experiência feito.
Contaram-lhe o problema.
O velho riu e disse: "É muito simples, não se preocupem".
Emprestou um dos seus camelos - eram agora 18 - e depois fez a divisão.
Nove foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito. Ao segundo coube a terça parte - seis camelos - e ao terceiro filho foram dados dois camelos - a nona parte. Sobrou um camelo: o que foi emprestado. O velho pegou seu camelo de volta e disse: "Agora podem ir".


Esta história foi contada no livro "Palavras de fogo", de Rajneesh e serve para ilustrar a diferença entre a sabedoria e a erudição. Ele conclui dizendo: "A sabedoria é prática, o que não acontece com a erudição. A cultura é abstrata, a sabedoria é terrena; a erudição são palavras e a sabedoria é experiência.".

17 + 1= 18
1º filho- 18/2 = 9
2º   ''  - 18/3 = 6
3º   ''  - 18/9 = 2
9 + 6 + 2 = 17 camelos (está cumprido o testamento)

18 - 17 = 1 (Sobrou 1 camelo, que foi entregue ao seu proprietário.)


Um comentário:

  1. O tal de Rajneesh nasceu em 1931. Esta história é contada no livro do brasileiro Malba Taham, O Homem que calculava, de 1931, editado em vários idiomas, inclusive árabe.
    Talvez o Rajneesh tenha copiado do livro do Prof. Thales de Melo e Souza, que era o verdadeiro nome do Malba Taham. No original o Prof. Thales, que era professor de matemática, explica o porque das contas não fecharem e ainda ensina aritmética, percentual, ângulos e frações para justificar o aparente paradoxo.

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