Filho é um
ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós
mesmos,
de como
mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos
a ter coragem.
(José
Saramago)
O
pensamento completo de Saramago sobre filhos é:
"Filho
é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além
de nós mesmos, de como mudar nossos
piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter
coragem. Isto mesmo!
Ser pai ou
mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo
de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de
perder algo tão amado.
Perder?
Como?
Não é
nosso, recordam-se?
Foi apenas
um empréstimo".
Nossas
crianças já não são mais crianças, mas a alma se recusa a encara isto de
frente. Isto acontece porque somos muito facilmente condicionados e em pouco
tempo ações repetidas se transformam em hábitos. Quanto mais não acontecerá por
atitudes que se repetiram por anos.
A vida de
pai e mãe reserva alguns fatos inevitáveis.
Um deles é
este: um dia, os filhos crescem, aprendem a bater asas, ensaiam pequenos voos
rasantes, levam alguns tombos, tentam de novo, até que, finalmente, no rastro
de uma corrente favorável sentem-se seguros para empreender voos mais longos e
voam.
A maioria
de nós sabe disso, faz tudo certinho, mas não se prepara psicologicamente para
esse momento.
A síndrome
do ninho vazio é um conjunto de sintomas que envolvem sensação de perda, de
frustração, de inutilidade, acompanhada de sentimentos de desvalia.
O processo
parece ser mais doloroso para a mãe do que para o pai.
Mas não é.
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