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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A síndrome do ninho vazio


Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos,
de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.
(José Saramago)


O pensamento completo de Saramago sobre filhos é:

"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo!
Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder?
Como?
Não é nosso, recordam-se?
Foi apenas um empréstimo".


Nossas crianças já não são mais crianças, mas a alma se recusa a encara isto de frente. Isto acontece porque somos muito facilmente condicionados e em pouco tempo ações repetidas se transformam em hábitos. Quanto mais não acontecerá por atitudes que se repetiram por anos.

A vida de pai e mãe reserva alguns fatos inevitáveis.
Um deles é este: um dia, os filhos crescem, aprendem a bater asas, ensaiam pequenos voos rasantes, levam alguns tombos, tentam de novo, até que, finalmente, no rastro de uma corrente favorável sentem-se seguros para empreender voos mais longos e voam.

A maioria de nós sabe disso, faz tudo certinho, mas não se prepara psicologicamente para esse momento.
A síndrome do ninho vazio é um conjunto de sintomas que envolvem sensação de perda, de frustração, de inutilidade, acompanhada de sentimentos de desvalia.

O processo parece ser mais doloroso para a mãe do que para o pai.
Mas não é.

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