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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Todo tipo de cultura é bem vinda!

rsz_1animaisVira e mexe, em diversas situações, pronunciamos alguma expressão popular que tem um pobre animalzinho no meio. Mas você tem ideia de como elas surgiram? Confira nossa explicação sobre 10 expressões populares que têm os bichinhos como personagens centrais.
10. Olha o passarinho!
rsz_passarinhoHoje, tirar uma foto é muito fácil e leva apenas um milésimo de segundo, mas não costumava ser assim. Há mais de um século, quando essa arte surgiu, os equipamentos levavam alguns minutos para fixar a imagem nos filmes. Assim, as pessoas precisavam ficar paradas durante esse tempo e a dificuldade era ainda maior quando havia crianças na pose. Para chamar a atenção delas e mantê-las olhando em direção à câmera, os fotógrafos colocavam uma gaiola com passarinhos ao lado da máquina e diziam: “Olha o passarinho!”. A expressão se popularizou e ainda é usada para chamar a atenção das pessoas na hora de tirar a foto.
9. A vaca foi pro brejovaca_brejoEm épocas de estiagem, as vacas costumam sair em busca de água em áreas pantanosas e, muitas vezes, acabam ficando presas no lodo. Atoladas, elas começam a afundar, só sendo possível tirá-las desses locais com ajuda humana. Para os criadores de gado, a vaca ir para o brejo significa prejuízo certo, pois a maior parte dos animais que fazem esse percurso acaba morrendo afogada. Assim, quando as coisas não dão certo, popularizou-se a expressão “a vaca foi pro brejo”.
8. Afogar o gansogansoHá duas explicações plausíveis para a origem dessa expressão. A primeira diz que na China, os homens tinham o costume de manter relações sexuais com gansos e antes da ejaculação, afogavam a ave para que ela tivesse mais contrações. Já a segunda versão, criada por Mário Prata no livro “Mas será o Benedito?”, diz que a expressão foi um eufemismo usado por Dom Pedro I em suas cartas para a Marquesa de Santos referindo-se às relações sexuais mantidas pelos dois, driblando a censura imposta pelo pai do príncipe para essas correspondências.
7. Lavar a éguaeguaMuito antes da tradição cunhada nas corridas da Fórmula 1, quando uma égua vencia um páreo, o bichinho era saudado com um banho de espumante (seu semelhante do sexo masculino não recebia o mesmo tratamento). Essa prática dos donos dos equinos vencedores simbolizava que eles haviam ganhado uma boa grana de premiação e foi assim que a expressão “lavar a égua” popularizou-se como sinônimo de ganhar bastante dinheiro.
6. Lágrimas de crocodilolagrimas_de_crocodiloSe você achava que a expressão nasceu porque crocodilos não produzem lágrimas, sinto informar que você estava errado. Esses animais realmente choram, só que as lágrimas são o resultado de um processo biológico e não têm nada a ver com um possível sentimento que o animal estaria sentindo naquele momento. Quando os crocodilos ficam muito tempo fora da água, suas glândulas produzem uma secreção para lubrificar seus olhos. Uma outra situação em que esses répteis ‘choram’ é quando, no ato de mastigar sua presa, o animal pressiona as glândulas lacrimais. Com o passar dos anos, a sabedoria popular consagrou a expressão “lágrimas de crocodilo” como sinônimo de todo choro que parece fingido ou hipócrita.
5. Fazer uma vaquinhavaquinhaE a vaca está aqui de novo! Geralmente, quando um clube de futebol vence uma partida importante, seus jogadores recebem uma bonificação em dinheiro chamada de “bicho”. Nos anos 20, a torcida do Vasco da Gama resolveu estimular os integrantes do time com essas quantias. Para isso, estabeleceu um incentivo monetário baseado nos números do jogo do bicho. O número cinco, do cachorro, representava 5 mil reis de premiação por um empate. O dez, do coelho, 10 mil reis por uma vitória qualquer. E o 25, da vaca, 25 mil reis pela vitória em uma partida decisiva. Assim, a arrecadação do “bicho” dos jogadores pelos torcedores ficou conhecida como “fazer uma vaquinha”.
4. Dar com os burros na águarsz_burrosaguaCredita-se a expressão à moral de um conto sobre um fato comum na época colonial do Brasil: o uso dos burros no transporte de carga. O conto em questão narra a disputa de dois tropeiros para ver quem chegava primeiro a um certo destino. Um deles usava o animal para transportar sal, enquanto o outro transportava algodão. Diz a anedota que no meio do caminho havia um rio e, ao tentarem atravessá-lo, ambos perderam as cargas (o sal dissolveu-se e o algodão encharcou-se) e não conseguiram concluir a missão. Por isso é que, quando alguém é mal sucedido em algo, usa-se a expressão “dar com os burros n’água”.
3. A cavalo dado não se olham os dentescavaloSua mãe provavelmente ensinou a nunca desdenhar daquilo que você recebe de presente. Se um dia você ganhar um cavalo, por exemplo, nunca olhe a arcada dentária do animal na frente de quem te deu. Isso porque os dentes do cavalo não nascem de uma vez, sendo que os últimos só surgem no quarto ou quinto ano de vida do animal. Assim, olhar os dentes dele significa verificar qual a idade do equino, o que pode ser bastante deselegante. Na satírica visão de Mário Prata, no livro “Mas será o Benedito?”, a expressão popular no entanto tem raiz histórica na avareza da família real portuguesa. Ao chegar ao Brasil, Dom João VI teria usado cavalos em péssimo estado como moeda de troca. E a quem reclamava ele usava a expressão “a cavalo dado não se olham os dentes”.
2. Pagar o patopagar-o-patoHá duas explicações plausíveis para a expressão, que significa que alguém está arcando com as consequências da ação de outra pessoa. Uma delas está em “Facetiae”, do escritor italiano Giovanni Bracciolini. Numa das historinhas narradas, uma mulher casada interessada em comprar um pato de um vendedor propõe pagar pelo animal com favores sexuais. No entanto, enquanto ela e o vendedor discutem se a quantidade de sexo feita já era suficiente para quitar a dívida, chega o marido, que ludibriado pela esposa, acaba pagando o pato em dinheiro. Outra versão para a origem da expressão remete a uma antiga brincadeira que existia em Portugal. Nela amarrava-se um pato a um poste e os competidores deveriam tentar pegar o animal à cavalo soltando suas amarras em um só golpe. Quem perdia, pagava pelo pato sacrificado.
1. Tirar o cavalo da chuvaHorse in the rainPara boa parte dos pesquisadores, a expressão surgiu de um costume da época em que o cavalo era o principal meio de transporte no interior do país. Naqueles tempos, quando alguém ia fazer uma breve visita a alguém, normalmente “estacionava” seu cavalo em frente à casa. No entanto, se a conversa se alongava mais do que o esperado era comum o anfitrião falar para o visitante ir “tirar o cavalo da chuva”, isto é, abrigá-lo em um local protegido, pois a visita iria demorar mais do que o imaginado. Com o passar do tempo, a expressão caiu no gosto popular. “Tirar o cavalo da chuva” significa desistir de algo, perder as esperanças ou a indicação de que alguma coisa vai demorar mais do que o previsto.

Fonte: HowStuffWorks.

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