Páginas

sábado, 14 de junho de 2014

Estava eu aqui pensando...

Vejo tantos pais por ai. Tantos relacionamentos estranhos... que me pus a pensar.
Vocês, meus filhos, têm sorte de ter um pai que é metade bobeira, metade seriedade.
Às vezes sou sério, do tipo que faz da realidade uma fonte de aprendizagem, mas luto para que a fantasia não desapareça.
Às vezes sou adulto, às vezes sou chato.
Às vezes uma metade de mim é só infância e a outra, velhice.
Às vezes sou criança, para que vocês não esqueçam o valor do vento no rosto.
Às vezes sou velho. Para ensinar à vocês a nunca terem pressa.
Às vezes sou assim. Às vezes não sou.
Mas sempre ciente que a realidade é um absurdo, inventado por um tolo que nunca soube que ser normal é uma utopia; uma ilusão.
Voem meus filhos. Voem para onde o vento vos levar, sem nunca um ponto final almejar.
Voem deixando para trás a vontade de ficar.
Voem sabendo que sempre estarei a lhes esperar.


Papai.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário. Ele é a nossa recompensa.