A divisão e doação do Brasil
O comentário abaixo, de Sandra Cavalcanti, é irretorquível,
não há mais o que falar sobre o tema desnacionalização da Amazônia. Apesar de
todas as evidências, os oficiais generais do Alto Comando das FF AA estão se
omitindo criminosamente e serão responsabilizados perante a história pela perda
da soberania do Brasil sobre a Amazônia.
Não adianta falar em Projeto Calha Norte, SIVAM,
transferência para GU para o CMA. Nem falar que as FF AA estão vigilantes e
prontas para repelir qualquer tentativa de invasão da Amazônia. Tudo isso está
sendo encenado para enganar a opinião pública. Estamos gastando dinheiro à toa,
sustentando esses efetivos, que não terão o que fazer no momento da “invasão”.
Os gringos tomarão a Amazônia contando com apoio político do
Foro de São Paulo, sem disparar um só tiro, diplomaticamente, através do
reconhecimento da soberania das nações indígenas, tudo dentro dos preceitos do
Direito Internacional, pois o Brasil assinou na ONU a declaração de
reconhecimento da existência dessas “nações”.
Estados Unidos, Canadá e Austrália, países que têm também
numerosas etnias indígenas, recusaram-se a aderir a esse Tratado por razões que
não é necessário comentar por tão óbvias. Fomos traídos por Collor (assessorado
por Jarbas Passarinho), que deu início à “entrega”, seguido por FHC, Lulla e
Dilma, que faz vistas grossas sobre a iminente invasão estrangeira (que será
legal, o que é pior).
O Brasil nunca pertenceu aos índios
Sandra Cavalcanti
Quem quiser se escandalizar, que se escandalize. Quero
proclamar, do fundo da alma, que sinto muito orgulho de ser brasileira. Não
posso aceitar a tese de que nada tenho a comemorar nestes quinhentos anos. Não aguento
mais a impostura dessas suspeitíssimas ONGs estrangeiras, dessa ala atrasada da
CNBB e dessas derrotadas lideranças nacional-socialistas que estão fazendo
surgir no Brasil um inédito sentimento de preconceito racial.
Para começo de conversa, o mundo, naquela manhã de 22 de
abril de 1500, era completamente outro. Quando a poderosa esquadra do almirante
português ancorou naquele imenso território, encontrou silvícolas em plena
idade da pedra lascada. Nenhum deles tinha noção de nação ou país. Não existia
o Brasil.
Os atuais compêndios de história do Brasil informam, sem
muita base, que a população indígena andava por volta de cinco milhões. No
correr dos anos seguintes, segundo os documentos que foram conservados, foram
identificadas mais de duzentos e cinquenta tribos diferentes. Falando mais de
190 línguas diferentes. Não eram dialetos de uma mesma língua. Eram idiomas
próprios, que impediam as tribos de se entenderem entre si. Portanto, Cabral
não conquistou um país. Cabral não invadiu uma nação. Cabral apenas descobriu
um pedaço novo do planeta Terra e, em nome do rei, dele tomou posse.
O vocabulário dos atuais compêndios não usa a palavra tribo.
Eles adotam a denominação implantada por dezenas de ONGs que se espalham pela
Amazônia, sustentadas misteriosamente por países europeus. Só se fala em nações
indígenas.
Existe uma intenção solerte e venenosa por trás disso.
Segundo alguns integrantes dessas ONGs, ligados à ONU, essas nações deveriam
ter assento nas assembleias mundiais, de forma independente. Dá para entender,
não? É o olho na nossa Amazônia. Se o Brasil aceitar a ideia de que, dentro
dele, existem outras nações, lá se foi a nossa unidade.
Nos debates da Constituinte de 88, eles bem que tentaram, de
forma ardilosa, fazer a troca das palavras. Mas ninguém estava dormindo de
touca e a Carta Magna ficou com a palavra tribo. Nação, só a brasileira.
De repente, os festejos dos pouco mais de 500 anos do
Descobrimento(?) viraram um pedido de desculpas aos índios. Viraram um ato de
guerra. Viraram a invasão de um país. Viraram a conquista de uma nação. Viraram
a perda de uma grande civilização.
De repente, somos todos levados a ficar constrangidos.
Coitadinhos dos índios! Que maldade! Que absurdo, esse negócio de sair pelos
mares, descobrindo novas terras e novas gentes. Pela visão da CNBB, da CUT, do
MST, dos nacional-socialistas e das ONGs europeias, naquela tarde radiosa de
abril teve início uma verdadeira catástrofe.
Um grupo de brancos teve a audácia de atravessar os mares e
se instalar por aqui. Teve e audácia de acreditar que irradiava a fé cristã.
Teve a audácia de querer ensinar a plantar e a colher. Teve a audácia de
ensinar que não se deve fazer churrasco dos seus semelhantes. Teve a audácia de
garantir a vida de aleijados e idosos.
Teve a audácia de ensinar a cantar e a escrever.
Teve a audácia de pregar a paz e a bondade. Teve a audácia
de evangelizar.
Mais tarde, vieram os negros. Depois, levas e levas de
europeus e orientais. Graças a eles somos hoje uma nação grande, livre, alegre,
aberta para o mundo, paraíso da mestiçagem. Ninguém, em nosso país pode sofrer
discriminação por motivo de raça ou credo.
Portanto, vamos parar com essa paranoia de discriminar em
favor dos índios. Para o Brasil, o índio é tão brasileiro quanto o negro, o
mulato, o branco e o amarelo. Nas nossas veias correm todos esses sangues. Não
somos uma nação indígena. Somos a nação brasileira.
Não sinto qualquer obrigação de pedir desculpas aos índios.
Muitos índios hoje andam de avião, usam óculos, usam iPad, iPhone, internet, TV
digital, são donos de sesmarias, possuem estações de rádio e TV e até COBRAM pedágio
para estradas que passam em suas magníficas reservas. De bigode e celular na
mão, eles negociam madeira no exterior. Esses índios são cidadãos brasileiros,
nem melhores nem piores. Uns são pobres. Outros são ricos. Todos têm, como nós,
os mesmos direitos e deveres. Se começarem a querer ter mais direitos do que
deveres, isso tem que acabar.
O Brasil é nosso. Não é dos índios. Nunca foi.
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