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segunda-feira, 29 de março de 2010

Pai é Pai!


Sabe, eu fico indignado quando ouço falar: "Mãe é mãe!", ou "Ah.. só uma mãe mesmo pra fazer tal coisa".
E o pai? Pai é pai, pô!
Por acaso o pai ama menos um filho?
Por acaso o amor da mãe é diferente, mais profundo, mais puro e mais forte do que o de um pai?
Uns dizem que sim. Eu digo que não!
Ambos amam na mesma medida e com a mesma intensidade.
A diferença, se é que existe uma, está no modo como agem e como reagem pais e mães diante de um episódio que envolva o filho.
A mãe por, geralmente, estar mais próxima (fisicamente falando) do filho demonstra e aparenta ter mais amor. Mas não é bem assim...
As reações de um pai só são mais cometidas do que as da mãe. E isso não por ser pai, mas por ser homem. É uma relação "homem-filho", não "pai-filho".
O papel do pai tem passado por mudanças no decorrer dos tempos. Houve épocas em que ele era um ditador de regras e normas a serem obedecidas. Que era apenas o provedor das necessidades da casa. Mas ao longo dos tempos tem ocorrido uma mudança neste papel, sobretudo nas últimas décadas. De fato, pode-se dizer, sem exagero, que a condição de pai evoluiu mais na última geração do que em dois milênios! Impulsionada por marcantes metamorfoses culturais, sociais e familiares.
Históricamente o pai nunca foi uma presença muito constante no quotidiano doméstico. Sempre coube ao homem o papel de prover o sustento da família. Na grande maioria da vezes trabalhando fora de casa. Passando o dia fora de casa.
À mulher, pelo menos até umas décadas atrás, competia o cuidado com a casa e a educação dos filhos. Dessa forma, criava-se uma desigualdade, um desequilíbrio, enorme em relação ao papel desempenhado pelo pai e pela mãe na família, pois enquanto a presença da mãe era marcante na vida dos filhos e era ela quem conhecia profundamente cada membro da família, o pai era praticamente um desconhecido, pois aparecia pouco em casa e quando estava lá, era quase sempre tratado como uma visita que precisava descansar e que não podia ser incomodada. Ou então estava sempre a dar ordens, proibir, contestar.
Hoje podemos delinear pais mais presentes. No entanto o ideal ainda está longe de ser atingido.
E isso deve-se, também, ao modo como os pais são tratados pela sociedade arcaica que ainda predomina.
O pai e a mãe, não só são responsáveis pelos filhos, como os ama de maneira idêntica e de dimensão proporcional.
Algumas mães ainda dizem: "Ah... mas ele (o filho) saiu de dentro de mim!"
Pois eu digo: Sim, o filho sai do ventre da mãe, mas quem o pôs la dentro foi o pai!

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